quinta-feira, 10 de abril de 2008

AEROFOBIA

A aeromoça sorri
e por meio de gestos
superficiais, artificiais,
nos diz
como morrer da forma mais segura

um solavanco e estamos no alto
pela pequena janela pode-se ver
a cidade tornando-se pequena
as pessoas tornando-se minusculas

“como pode um passaro de metal
flutuar em pleno ar,
se no lugar de penas, ele possui apenas
fuznilagem e turbinas?”

Serviços de bordo (para relaxar a tensão)
a caixa preta(para gravar nossas ultimas confições)

vamos- para o alto
vamos mas não importa o que aconteça
sempre chegamos

pois tudo que sobe
tem de descer
tem de ceder
a força maior:
a da gravidade

voltar para o chão,
seja caindo
ou pousando
Sempre chegamos

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito de seus poemas....são intensos, bem construídos. Parabéns! Visite meu blog e dê sua opinião!


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