O sábio
Não é aquele que possui todas as respostas
E sim aquele que sabe fazer as perguntas certas.
Por que ser sábio
É saber que nada se sabe
É admitir nossa pequenez como humanos
Diante da grandiosidade do universo
Mas não por sentir-se pequeno, inferior
E sim por entender que a nossa frente
Há um infinito de possibilidades
A serem descortinadas
E que o conhecimento
É como terras virgens a serem desbravadas.
Não podemos permitir portanto,
Que a esfinge que habita dentro de cada um de nós
(que nada mais é do que a vontade do homem
de saber quem somos e para onde vamos)
Nos devore de dentro para fora
Devemos saciar nossa fome “insaciável”
De decifrar a nós mesmos
Entendendo nosso desejo
E atendendo nosso anseio
De descobrir nosso lugar no cosmo.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
SONHOS DE PAPELÃO
Nóis sêmo pobri, é verdade
mais nóis num qué 'co cê dê as coisa pra nóis.
Nóis qué trabaia, pra modi pudê comprá
Arroiz, fijão, dá pão prus nossos fio.
Dá instudo, educação decente.
E quem sabe eles virá dotô
e ajude os sotro a sará da dengue.
Eu vim pa Sum Paulo,
Posque meu primo Séverino
Falô ca qui tinha imprego di sobra
Mais agora, eu moro num barraco do lado do rio
Cato papelão, prástico latinha vazia
E quando meus fio tão cum frio
Us papelão ajuda a mulequeda a fica quentinha.
Meu fio mais véio, o Jocrédisu, tá me ajudanu.
Ele fica nu centro ingraxano sapato.
Eu quiria quele tivesse instudanu
mais pelo menos, ele tira uns tracado
Mais eu sei cas coisa vai miorá
O seu prisidente falô, que já tá miorano
Que todo mundo tá podeno compra
Casa di bróco, carro du anu,
Então quem sabe eu vô ranjá
Dinhero pra pude vortá
Cus mininu e minha mulé
Lá pra minha terrinha
Prantá di novo aipim fazê farinha
E a mulecada pode brincá a vontade
Sem sê chamadu de trombadinha
quinta-feira, 10 de abril de 2008
AEROFOBIA
A aeromoça sorri
e por meio de gestos
superficiais, artificiais,
nos diz
como morrer da forma mais segura
um solavanco e estamos no alto
pela pequena janela pode-se ver
a cidade tornando-se pequena
as pessoas tornando-se minusculas
“como pode um passaro de metal
flutuar em pleno ar,
se no lugar de penas, ele possui apenas
fuznilagem e turbinas?”
Serviços de bordo (para relaxar a tensão)
a caixa preta(para gravar nossas ultimas confições)
vamos- para o alto
vamos mas não importa o que aconteça
sempre chegamos
pois tudo que sobe
tem de descer
tem de ceder
a força maior:
a da gravidade
voltar para o chão,
seja caindo
ou pousando
Sempre chegamos
e por meio de gestos
superficiais, artificiais,
nos diz
como morrer da forma mais segura
um solavanco e estamos no alto
pela pequena janela pode-se ver
a cidade tornando-se pequena
as pessoas tornando-se minusculas
“como pode um passaro de metal
flutuar em pleno ar,
se no lugar de penas, ele possui apenas
fuznilagem e turbinas?”
Serviços de bordo (para relaxar a tensão)
a caixa preta(para gravar nossas ultimas confições)
vamos- para o alto
vamos mas não importa o que aconteça
sempre chegamos
pois tudo que sobe
tem de descer
tem de ceder
a força maior:
a da gravidade
voltar para o chão,
seja caindo
ou pousando
Sempre chegamos
INTERLIG@DOS
Somos bombardiados
Por informação
De todos os lados
Vivemos na era
Da informação
Onde conhecer bem
Uma única coisa
Já não é o bastante
Temos de ser multimídias
Questionar, conhecer, nos aventurar
Tudo está interligado, conectado
A música tornou-se mp3
Os filmes, dvds
Os amigos, virtuais
As imagens, digitais
Conversas on-line,
E-mais, websites
Uma janela para o mundo
Msn, orkut
Qualquer conhecimento
Em poucos segundos
Na wikipédia, no google
E só navegar
É só se interligar
Em quarquer velocidade,
De k, mega ou gigabites.
Por informação
De todos os lados
Vivemos na era
Da informação
Onde conhecer bem
Uma única coisa
Já não é o bastante
Temos de ser multimídias
Questionar, conhecer, nos aventurar
Tudo está interligado, conectado
A música tornou-se mp3
Os filmes, dvds
Os amigos, virtuais
As imagens, digitais
Conversas on-line,
E-mais, websites
Uma janela para o mundo
Msn, orkut
Qualquer conhecimento
Em poucos segundos
Na wikipédia, no google
E só navegar
É só se interligar
Em quarquer velocidade,
De k, mega ou gigabites.
quarta-feira, 19 de março de 2008
I AM
Eu sou a cara do meu pai
A calma da minha mãe
A influência das musicas
Que minhas irmãs adolecentes escutavam
Os desenhos, os filmes, quadrinhos e seriados
O rock nacional dos anos 80
O grunge Viceral dos anos 90
Eu sou minha herança genética
A missigenação afro-européia
O ó positivo em minhas veias
Os pelos em meu corpo
Meu olhar, meus trejeitos e maneiras
Minhas preferências,
Meus livros, minhas crenças
Todas minhas vivências
Todas minhas tendências
Qualidades, erros e fraquezas
Eu sou tudo isso:
-Um misto de tudo o que escolhÍ
E do que não pudi evitar.
Tudo aquilo que já viví
E tudo o que só pudi sonhar.
sábado, 15 de março de 2008
VOU INDO
Vou indo
Como? Não sei
Pedalando, nadando
Correndo
Não sei como
Só sei que vou indo
Rapido! Rapido!
Ou devagar e sempre
Contra, ou a favor da corrente
Pra frente,
Pra trás,
Tanto faz!
O que me importa é ir
Mesmo que não venha a chegar.
O percurso
O caminho
Eu vou indo por ele
Eu vou indo com ele
E ele vai indo comigo
Presente
O futuro vem vindo
Presente
O passado ficando
Andando comigo
Ou sem mim
Pra frente,
Pra trás,
Tanto faz!
O que me importa é ir
Mesmo que não venha achegar
DUBLÊ DE MIM MESMO
Acordei,
Escovei os dentes,
Olhei no espelho
Mas não me vi
No trem,
No vagão
Em meio a multidão
Não era eu que estava ali
No serviço,
Era como se outro
Trabalhasse por mim
Em casa,
Sentado à mesa de jantar
Eu parecia
Não existir
Até a noite,
No quarto escuro .
Nem mesmo os afagos noturnos
Eu pudi sentir
Então passei a me peguntar:
- Se não sou euVivendo em minha vida
Quem é esse outroQue vive em meu lugar?
Será um dublê, um sósia
Um gêmio perdido
Ou será que sou eu mesmo
Que não admito
Que essa é a vida
Que eu mesmo escolhi?
Escovei os dentes,
Olhei no espelho
Mas não me vi
No trem,
No vagão
Em meio a multidão
Não era eu que estava ali
No serviço,
Era como se outro
Trabalhasse por mim
Em casa,
Sentado à mesa de jantar
Eu parecia
Não existir
Até a noite,
No quarto escuro .
Nem mesmo os afagos noturnos
Eu pudi sentir
Então passei a me peguntar:
- Se não sou euVivendo em minha vida
Quem é esse outroQue vive em meu lugar?
Será um dublê, um sósia
Um gêmio perdido
Ou será que sou eu mesmo
Que não admito
Que essa é a vida
Que eu mesmo escolhi?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
DESDE QUE O MUNDO É MUNDO
Desde que o mundo é mundo
As coisas são desse jeito:
Uns mais ricos
Outros mais pobres
As mulheres direitas
E aquelas que podem
Desde que o mundo é mundo
As coisas não adam direito
O patrão
Repressão!
O empregado
Escravidão!
Desde que o mundo é mundo
Acorda!
Trabalha!
Recebe migalha
"Trabaia nêgo, trabaia!"
Vem da africa
Vai pro tronco
Por que o espanto?
Alguém tem que trabalhar
Alguém tem que se esforçar
Pro patrão poder ganhar
Ela tem quinze anos
Tá prenha
Larga a escola
1,2,3 filhos
Larga com a avó
O primeiro fez 10 anos
Vai pro farol vender chiclete
Cheira cola, troca a bola
Por canivete
Eh pivete!
Vai trabalhar,
E tira olho do meu mp3
Tira o olho do meu celular!
Mas o mundo evoluiu!
O pobre também pode ter
Celular, geladeira, tv
Em 36 vezes nas Casas Bahias
Ih! SPC
Procura emprego
-Vai a pé
Sertanzinho
Capuava
Arranjou!
12 Horas de jornada
Vida escrava
Mas o patrão tem que ganhar
E alguém tem que trabalhar
Desde de qu o mundo é mundo.
As coisas são desse jeito:
Uns mais ricos
Outros mais pobres
As mulheres direitas
E aquelas que podem
Desde que o mundo é mundo
As coisas não adam direito
O patrão
Repressão!
O empregado
Escravidão!
Desde que o mundo é mundo
Acorda!
Trabalha!
Recebe migalha
"Trabaia nêgo, trabaia!"
Vem da africa
Vai pro tronco
Por que o espanto?
Alguém tem que trabalhar
Alguém tem que se esforçar
Pro patrão poder ganhar
Ela tem quinze anos
Tá prenha
Larga a escola
1,2,3 filhos
Larga com a avó
O primeiro fez 10 anos
Vai pro farol vender chiclete
Cheira cola, troca a bola
Por canivete
Eh pivete!
Vai trabalhar,
E tira olho do meu mp3
Tira o olho do meu celular!
Mas o mundo evoluiu!
O pobre também pode ter
Celular, geladeira, tv
Em 36 vezes nas Casas Bahias
Ih! SPC
Procura emprego
-Vai a pé
Sertanzinho
Capuava
Arranjou!
12 Horas de jornada
Vida escrava
Mas o patrão tem que ganhar
E alguém tem que trabalhar
Desde de qu o mundo é mundo.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
DEFINIÇÃO
Eu procuro uma palavra,
Que defina um sentimento,
E que te explique, em um momento,
O que eu sinto por você.
Eu procuro uma palavra,
Que te fala de verdade,
Toda a felicidade,
Que eu sinto ao te ver.
Alguma coisa que te explique,
Tudo o que você mudou,
As feridas que curou,
Nesse coração magoado,
Abandonado pra morrer.
Qualquer coisa que te leve,
Para dentro do meu peito,
Para que sinta, de algum jeito,
O quanto eu estou atado
E amarrado a você.
Mas, por mais intensa
Que seja a minha procura,
Eu sei que na verdade,
Não há palavra alguma
Que defina em suma,
O quanto eu amo você.
Que defina um sentimento,
E que te explique, em um momento,
O que eu sinto por você.
Eu procuro uma palavra,
Que te fala de verdade,
Toda a felicidade,
Que eu sinto ao te ver.
Alguma coisa que te explique,
Tudo o que você mudou,
As feridas que curou,
Nesse coração magoado,
Abandonado pra morrer.
Qualquer coisa que te leve,
Para dentro do meu peito,
Para que sinta, de algum jeito,
O quanto eu estou atado
E amarrado a você.
Mas, por mais intensa
Que seja a minha procura,
Eu sei que na verdade,
Não há palavra alguma
Que defina em suma,
O quanto eu amo você.
TO BE
Eu não tenho que gostar de samba
Só porque sou negro.
Eu não tenho de gostar de bola,
Porque sou brasileiro.
Porque eu nasci
Onde minha mãe me pariu.
Eu sou da onde estou,
Eu sou quem eu sou,
Não me interessa
Como você me definiu.
Eu não tenho signo,
Eu não tenho numero.
Eu sou da cor da minha pele,
Eu sou da minha cor
Nem mais claro
Nem mais escuro.
Sem estereótipos
Sem títulos
Sem rótulos.
Nada além
Nem aquém
Apenas isso
Apenas eu.
Só porque sou negro.
Eu não tenho de gostar de bola,
Porque sou brasileiro.
Porque eu nasci
Onde minha mãe me pariu.
Eu sou da onde estou,
Eu sou quem eu sou,
Não me interessa
Como você me definiu.
Eu não tenho signo,
Eu não tenho numero.
Eu sou da cor da minha pele,
Eu sou da minha cor
Nem mais claro
Nem mais escuro.
Sem estereótipos
Sem títulos
Sem rótulos.
Nada além
Nem aquém
Apenas isso
Apenas eu.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
PANE
Às vezes eu queria,
Me sentar nesse chão mesmo,
E esquecer por um momento,
Que existe um mundo,
Que existem pessoas,
E que existem sentimentos.
Eu queria esquecer,
Que existem heróis e vilões,
E que, por mais heróicos que sejamos,
Nunca venceremos
Nossos piores inimigos:
Os nossos próprios corações.
E você, não quer sentar?
Me sentar nesse chão mesmo,
E esquecer por um momento,
Que existe um mundo,
Que existem pessoas,
E que existem sentimentos.
Eu queria esquecer,
Que existem heróis e vilões,
E que, por mais heróicos que sejamos,
Nunca venceremos
Nossos piores inimigos:
Os nossos próprios corações.
E você, não quer sentar?
sábado, 9 de fevereiro de 2008
PODERIA
Eu poderia fazer
Tudo o que você quiser que eu faça
Eu poderia pensar
Do jeito que você quiser que eu pense
E ser
Da maneira que você quiser que eu seja
Mas aí, eu não seria eu mesmo
E como você poderia dizer
Que me ama de verdade
Se para me amar
Eu teria de me transformar em outro alguém
Abrindo mão da minha individualidade?
Você não consegue entender
Que quem ama
Ama a pessoa por inteiro
Como todas suas qualidades,
Mas também com seus defeitos
Pois amar, é aceitar
Ainda mais, é apreciar quem se ama
Por ele ser justamente como é.
Tudo o que você quiser que eu faça
Eu poderia pensar
Do jeito que você quiser que eu pense
E ser
Da maneira que você quiser que eu seja
Mas aí, eu não seria eu mesmo
E como você poderia dizer
Que me ama de verdade
Se para me amar
Eu teria de me transformar em outro alguém
Abrindo mão da minha individualidade?
Você não consegue entender
Que quem ama
Ama a pessoa por inteiro
Como todas suas qualidades,
Mas também com seus defeitos
Pois amar, é aceitar
Ainda mais, é apreciar quem se ama
Por ele ser justamente como é.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
LEI DA SELVA
Somos todos solitários
No meio dessa solidão
Onde cada um
Tem uma língua diferente.
Somos plano secundário
Para essa nova geração
Onde o produto
Vale mais do que o cliente.
Não é preciso estar morto,
Pra deixar de se viver.
Não é preciso ser magoado,
Pra deixar de se amar.
Não é preciso ir muito longe
Pra derrepente se perder,
Não é preciso correr muito
Pra de repente se cansar.
Eu não preciso ser forte,
Só preciso respirar.
Pois a mera existência
Já é o suficiente
Pra que eu possa procriar.
Mas se eu sou ameaçado
Me torno como um animal,
E, de forme irracional
Destruo o mais forte
Pra garantir o meu lugar.
Todos nós fazemos parte
Da cadeia alimentar.
Marcos Roberto Moreira
No meio dessa solidão
Onde cada um
Tem uma língua diferente.
Somos plano secundário
Para essa nova geração
Onde o produto
Vale mais do que o cliente.
Não é preciso estar morto,
Pra deixar de se viver.
Não é preciso ser magoado,
Pra deixar de se amar.
Não é preciso ir muito longe
Pra derrepente se perder,
Não é preciso correr muito
Pra de repente se cansar.
Eu não preciso ser forte,
Só preciso respirar.
Pois a mera existência
Já é o suficiente
Pra que eu possa procriar.
Mas se eu sou ameaçado
Me torno como um animal,
E, de forme irracional
Destruo o mais forte
Pra garantir o meu lugar.
Todos nós fazemos parte
Da cadeia alimentar.
Marcos Roberto Moreira
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
INFINITA ESPERA (DESCASO)
Esse meu sentimento
Me tornou como um menino
Sentado na calçada.
Tendo as lagrimas encobertas
Pela chuva do descaso.
Tendo o corpo gelado
Pelo frio da solidão.
Enquanto espera aflito o dia
Em que você abrirá
As portas do seu coração
E me abrigará em sua vida,
E me aquecerá com seu amor,
E me alimentará com seu amor,
E me ensinará o que é felicidade.
Mas o tempo está passando,
E a porta não se abre.
E eu ainda estou chorando,
Mas você não percebe.
E eu ainda estou com frio,
Mas você não faz caso.
E eu continuo aqui, parado,
Mas você finge não ver.
Marcos Roberto Moreira
Me tornou como um menino
Sentado na calçada.
Tendo as lagrimas encobertas
Pela chuva do descaso.
Tendo o corpo gelado
Pelo frio da solidão.
Enquanto espera aflito o dia
Em que você abrirá
As portas do seu coração
E me abrigará em sua vida,
E me aquecerá com seu amor,
E me alimentará com seu amor,
E me ensinará o que é felicidade.
Mas o tempo está passando,
E a porta não se abre.
E eu ainda estou chorando,
Mas você não percebe.
E eu ainda estou com frio,
Mas você não faz caso.
E eu continuo aqui, parado,
Mas você finge não ver.
Marcos Roberto Moreira
sábado, 2 de fevereiro de 2008
ESCRAVOS
Eu tenho um mundo ao meu redor
Mas os muros que me cercam,
Não me deixam ver a linha do horizonte,
Eu não consigo enxergar além dos montes,
Eu fui ensinado,
Que existem certas coisas,
Que eu não devo conhecer.
Há espinhos e meu corpo
Que me machucam toda vez
Que eu tento me mover.
Tenho brinquedos no baú
Mas as pessoas me disseram,
Que eu não posso mais brincar por que sou grande,
Que eu não posso nem chorar por que sou homem,
Eu fui ensinado,
Que existem certas coisas,
Que eu não posso mais fazer.
Há Algemas e meu pulso
Que por mais que eu me esforce,
Não consigo remover.
Escravidão.
Restrições.
Prendemos sentimentos
Dentro os nossos corações
Por um falso pudor,
Que nos dá medo de lutar pelo que amamos.
Que nos faz desistir dos nossos sonhos.
E que destrói tudo que realmente somos.
Tenho uma vida pela frente
Mas esse medo de viver,
Não me deixa mais ser como eu era,
Acabou a estação da primavera,
Os pássaros pararam de cantar.
Há espelhos em minha frente,
Mas não importa o quanto eu olhe,
Eu não consigo enxergar.
Escravidão.
Medo.
Guardamos nossos desejos
Todos em segredo,
Por um falso pudor,
Que não nos deixa admitir o que sentimos,
Que nos condena toda vez que refletimos,
E que nos mata, toda vez que desistimos.
Queria correr,
Mas prenderão meus pés.
Queria voar,
Mas cortaram minhas asas
No dia em que me disseram
Que aquilo que sonhava,
Nunca vai acontecer
Mas que eu vou sobreviver.
Mas me diga a verdade:
Se besteira é sonhar,
Que razão há pra viver?
Marcos Roberto Moreira
Mas os muros que me cercam,
Não me deixam ver a linha do horizonte,
Eu não consigo enxergar além dos montes,
Eu fui ensinado,
Que existem certas coisas,
Que eu não devo conhecer.
Há espinhos e meu corpo
Que me machucam toda vez
Que eu tento me mover.
Tenho brinquedos no baú
Mas as pessoas me disseram,
Que eu não posso mais brincar por que sou grande,
Que eu não posso nem chorar por que sou homem,
Eu fui ensinado,
Que existem certas coisas,
Que eu não posso mais fazer.
Há Algemas e meu pulso
Que por mais que eu me esforce,
Não consigo remover.
Escravidão.
Restrições.
Prendemos sentimentos
Dentro os nossos corações
Por um falso pudor,
Que nos dá medo de lutar pelo que amamos.
Que nos faz desistir dos nossos sonhos.
E que destrói tudo que realmente somos.
Tenho uma vida pela frente
Mas esse medo de viver,
Não me deixa mais ser como eu era,
Acabou a estação da primavera,
Os pássaros pararam de cantar.
Há espelhos em minha frente,
Mas não importa o quanto eu olhe,
Eu não consigo enxergar.
Escravidão.
Medo.
Guardamos nossos desejos
Todos em segredo,
Por um falso pudor,
Que não nos deixa admitir o que sentimos,
Que nos condena toda vez que refletimos,
E que nos mata, toda vez que desistimos.
Queria correr,
Mas prenderão meus pés.
Queria voar,
Mas cortaram minhas asas
No dia em que me disseram
Que aquilo que sonhava,
Nunca vai acontecer
Mas que eu vou sobreviver.
Mas me diga a verdade:
Se besteira é sonhar,
Que razão há pra viver?
Marcos Roberto Moreira
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
JOGOS DE GUERRA
A inocência acabou.
Da rosa, só restaram os espinhos.
Da amizade, o rancor.
Do amor, a magoa
Da esperança,
uma vaga lembrança,
Do que nunca veio a acontecer.
Por que sentir?
Pra que deixar que cheguem perto?
Quem é o verdadeiro inimigo?
Aqueles que me rodeiam, ou meu coração ferido,
Que nunca mais se viu aberto?
Atacar antes de ser atacado.
Nunca abaixar a guarda.
Não deixar que vejam o que sinto,
Pra que eu não seja motivo de piada.
Essas são as regras
As regras desse jogo macabro
Onde o importante não é competir,
E sim trapaciar, para não ser trapaciado
Não sou mais bobo.
Não vou mais sentir.
O que eu quero é brincar
Como brincam comigo
Sem ligar pros feridos,
Rir do choro dos outros,
E fazer da sua tristeza,
Um motivo de alegria pra mim.
Não quero te ver assim,
Não quero te ver feliz,
Pare de rir de mim!
Você tem de sofrer como eu sofro
E, se depender do meu esforço,
As coisas serão assim.
Quer brincar de guerra?
Então vamos ver
Quem atira primeiro.
Marcos Roberto Moreira
Da rosa, só restaram os espinhos.
Da amizade, o rancor.
Do amor, a magoa
Da esperança,
uma vaga lembrança,
Do que nunca veio a acontecer.
Por que sentir?
Pra que deixar que cheguem perto?
Quem é o verdadeiro inimigo?
Aqueles que me rodeiam, ou meu coração ferido,
Que nunca mais se viu aberto?
Atacar antes de ser atacado.
Nunca abaixar a guarda.
Não deixar que vejam o que sinto,
Pra que eu não seja motivo de piada.
Essas são as regras
As regras desse jogo macabro
Onde o importante não é competir,
E sim trapaciar, para não ser trapaciado
Não sou mais bobo.
Não vou mais sentir.
O que eu quero é brincar
Como brincam comigo
Sem ligar pros feridos,
Rir do choro dos outros,
E fazer da sua tristeza,
Um motivo de alegria pra mim.
Não quero te ver assim,
Não quero te ver feliz,
Pare de rir de mim!
Você tem de sofrer como eu sofro
E, se depender do meu esforço,
As coisas serão assim.
Quer brincar de guerra?
Então vamos ver
Quem atira primeiro.
Marcos Roberto Moreira
RISCOS
Feche os olhos
E deixe se guiar pelo ritmo
E se a música soar bem
Apenas aos seus ouvidos,
Lembre-se:
Às vezes o certo,
É justamente o duvidoso.
Então não pense,
Sinta!
Não sonhe,
Viva!
Não pare,
Prossiga!
Saboreí a vida
Sem disperdiçar um gota.
Viva cada instante
Não como se fosse o ultimo
Nem como se fosse o primeiro
Mas, como sendo "o unico".
Corra,
Sem olhar para trás.
Pule,
Sem olhar para baixo.
Que eu estarei do outro lado,
Com a mão estendida
Pra lhe socorrer.
Pode estar certa:
-Você só tem a ganhar
Pondo tudo a perder.
Marcos Roberto Moreira
E deixe se guiar pelo ritmo
E se a música soar bem
Apenas aos seus ouvidos,
Lembre-se:
Às vezes o certo,
É justamente o duvidoso.
Então não pense,
Sinta!
Não sonhe,
Viva!
Não pare,
Prossiga!
Saboreí a vida
Sem disperdiçar um gota.
Viva cada instante
Não como se fosse o ultimo
Nem como se fosse o primeiro
Mas, como sendo "o unico".
Corra,
Sem olhar para trás.
Pule,
Sem olhar para baixo.
Que eu estarei do outro lado,
Com a mão estendida
Pra lhe socorrer.
Pode estar certa:
-Você só tem a ganhar
Pondo tudo a perder.
Marcos Roberto Moreira
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
CASTELO DE CARTAS
Esse castelo de cartas
Não se manterá em pé por muito tempo
Logo o vento, o fará ceder.
Deixando toda a verdade amostra
Como uma fratura exposta
Que não se pode esconder
Pois não há mentira
Que se sustente ante a verdade
E não há bem
Que no final, não vença a maldade.
Portanto,
Jogue as cartas na mesa
E não tente trapacear a si mesma.
Pague por suas apostas,
Enfrente a conseqüências dos seus atos,
E aceite de uma vez a sua derrota.
Marcos Roberto Moreira
Não se manterá em pé por muito tempo
Logo o vento, o fará ceder.
Deixando toda a verdade amostra
Como uma fratura exposta
Que não se pode esconder
Pois não há mentira
Que se sustente ante a verdade
E não há bem
Que no final, não vença a maldade.
Portanto,
Jogue as cartas na mesa
E não tente trapacear a si mesma.
Pague por suas apostas,
Enfrente a conseqüências dos seus atos,
E aceite de uma vez a sua derrota.
Marcos Roberto Moreira
AUSÊNCIA
Inocência
Uma porta para a angustia
E para o desapontamento
Que só pode ser fechada
Por uma cerviz dura
Por um desprendimento
Pois se não há sonhos,
Não há pesadelos
Se não há anseios,
Não há desespero
Sem fogo, sem queimaduras.
Sem tristezas, sem amarguras.
Nem rosas nem espinhos
Nada pelo caminho
Além da indiferença.
Além da razão Pura e simples razão.
Marcos Roberto Moreira
Uma porta para a angustia
E para o desapontamento
Que só pode ser fechada
Por uma cerviz dura
Por um desprendimento
Pois se não há sonhos,
Não há pesadelos
Se não há anseios,
Não há desespero
Sem fogo, sem queimaduras.
Sem tristezas, sem amarguras.
Nem rosas nem espinhos
Nada pelo caminho
Além da indiferença.
Além da razão Pura e simples razão.
Marcos Roberto Moreira
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
SINGULAR
Você
Que é filho, neto pai ou irmão.
E que vive num mundo
Com pessoas diferentes
E iguais
A você
Que tenta conquistar
Sua individualidade
Em meio à diversidade
Em meio à multiplicidade.
Não quer ser como os outros,
Não quer ser mais um
Não quer ser qualquer
Não quer ser algum.
Quer ser singular
E não estar no plural
Quer ser diferente
De quem quer ser igual.
Marcos Roberto Moreira
Que é filho, neto pai ou irmão.
E que vive num mundo
Com pessoas diferentes
E iguais
A você
Que tenta conquistar
Sua individualidade
Em meio à diversidade
Em meio à multiplicidade.
Não quer ser como os outros,
Não quer ser mais um
Não quer ser qualquer
Não quer ser algum.
Quer ser singular
E não estar no plural
Quer ser diferente
De quem quer ser igual.
Marcos Roberto Moreira
domingo, 27 de janeiro de 2008
LIVRO
Não quero ser para você
Como um livro
Que logo depois que se lê
Já é esquecido
Não, eu quero mais.
Quero ser
Como seu livro de cabeceira
Para ser lido e relido
Pra ser decorado
Pra ser repetido
E figurar nas paginas da tua vida
Como personagem principal do seu enredo
Te trazendo suspense, amor, alegria.
Transformar em realidade
Todas as suas fantasias
E poder a cada dia
Desvendar os seus segredos
Eu quero ser o seu prólogo
Eu quero ser seu epílogo
Para que tudo o que era
Seja mais uma vez.
Marcos Roberto Moreira
BRADO
Abafado pelo medo
Se junta a outros gemidos
Que em uníssono
Tornam-se maiores que um grito
Tão fortes como um brado
Ecoando pelas ruas
Acordando a tudo e a todos
Com a força de uma tormenta
Um brado
Para invocar força aos fracos
Energia aos cansados
Comida aos famintos
Um brado
Que como um grito de guerra
Dá fôlego a um soldado vencido.
Marcos Roberto Moreira
SER IRRACIONAL
A loucura toma conta de mim
Sinto vontade de chorar e de sorrir ao mesmo tempo
Dizer ao mundo que existo
Não apenas porque penso
Mas principalmente porque sinto.
Por que nem todo pensamento é lógico
Nem toda a intenção é boa
Nem todo sentimento é nobre
E se acaso a emoção for forte
Pode-se abandonar
O que se levou
Uma vida inteira para se conquistar.
Pois não passamos disso:
Um turbilhão de pensamentos
E de sentimentos conflitantes
Hormônios a flor da pele
Que nos transforma em um instante
De um ser racional, pensante
Em um ser emocional, inconstante.
Marcos Roberto Moreira
Sinto vontade de chorar e de sorrir ao mesmo tempo
Dizer ao mundo que existo
Não apenas porque penso
Mas principalmente porque sinto.
Por que nem todo pensamento é lógico
Nem toda a intenção é boa
Nem todo sentimento é nobre
E se acaso a emoção for forte
Pode-se abandonar
O que se levou
Uma vida inteira para se conquistar.
Pois não passamos disso:
Um turbilhão de pensamentos
E de sentimentos conflitantes
Hormônios a flor da pele
Que nos transforma em um instante
De um ser racional, pensante
Em um ser emocional, inconstante.
Marcos Roberto Moreira
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